Maresia em edificações: problemas e soluções

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Quem nunca passeou pela orla da praia e observou aquela névoa na praia ao fim da tarde? Ou, ainda, aquelas manchas amareladas nos metais dos prédios e edificações? Pois bem, você deve imaginar que os dois estão correlacionados. É exatamente sobre isso que trataremos aqui, os efeitos que este fenômeno denominado maresia acarreta sobre as construções.

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Mas o que é a maresia?

Você pode não saber a definição científica, mas, com certeza já sentiu aquele cheiro forte e característico que se desprende do mar ou já  observou aquela névoa branca. Essa névoa é formada por diversas gotículas de água que vão ao ar a cada onda. Como o mar, essas gotículas não são apenas água, mas sim água rica em sais.

Sendo assim, podemos dizer que os sais  são responsáveis pela corrosão, principalmente, de estruturas metálicas. Devido a isso, é muito comum em praias vermos com mais frequência carros com sinais de ferrugem, portões emperrados e, até mesmo rachaduras em vigas de concreto.

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E como isso afeta uma edificação?

As regiões de praia podem ser consideradas um dos ambientes mais agressivos para as edificações. Sendo assim, podemos dizer que os  materiais metálicos são os mais afetados, porém, não os únicos. A madeira e a alvenaria também são materiais que sofrem muito com a maresia. 

• Materiais metálicos

Os materiais metálicos são materiais amplamente utilizados na construção civil, compondo desde detalhes em portas ou janelas até componentes estruturais de edificações, e por isso requerem um cuidado especial. E não é por acaso que eles são o primeiro item dessa lista, os metais oxidam e enferrujam facilmente, perdendo com muita rapidez sua beleza e, principalmente, sua vida útil.

Sendo parte das estruturas de concreto, as ferragens necessitam de um estudo adequado, tanto para a construção quanto para reparos, já que podem sofrer se não estiverem bem cobertas e protegidas pelo revestimento. Estima-se que 20% do ferro produzido todo ano seja para repor os corroídos. Outro exemplo é o caso das grades, postes e corrimões que podem ter, na cidade, vida útil de 20 a 30 anos, mas quando expostos ao mar devem ser trocados a cada cinco.

• Alvenaria e recobrimentos

O recobrimento de concreto envolto na armadura para ambientes sujeitos a atuação da maresia deve ser bem maior que em situações normais, afinal a corrosão nestes ambientes é  maior. Os cloretos presentes na atmosfera desses locais penetram no concreto armado, assim, chegando às barras de aço, o que acelera o processo de oxidação. Elas ganham volume devido ao produto da ferrugem até romper com o cobrimento do concreto, o que acelera ainda mais o decaimento da estrutura.

O concreto e as argamassas sofrem um lento processo onde a umidade penetra-o, assim causando infiltrações e fragilizando azulejos. O simples cuidado na relação entre água-cimento, na produção do concreto, é um fator que influencia na duração . Isto demonstra a importância do estudo correto do recobrimento e da alvenaria.

Uma ideia para se aumentar a resistência contra a maresia é investir em cerâmicas nas paredes, como as pastilhas, por exemplo, mas sempre se lembrando da importância de sua aplicação correta.  Já com relação à pintura das paredes, existem no mercado ótimos produtos que oferecem resistência a áreas com influencia da maresia. Ainda assim, recomenda-se a aplicação da tinta com frequência.

• Madeira

A madeira também é um material muito utilizado na construção civil. Isto é, de forma temporária em canteiro de obras e definitiva em esquadrias, estruturas de cobertura, forros, pisos e casas. Quando afetada pela maresia, a madeira costuma sofrer ataque de microrganismo, já que ela também causa o excesso de umidade.

Para evitar isto, as paredes de madeira podem ser tratadas com verniz específico para exteriores, com filtro solar e alta resistência à maresia. Mesmo assim, o material deve ser repintado com certa frequência. Outra opção para garantir a durabilidade do material é escolher a madeira correta para seu uso. Algumas madeiras não são afetadas pela maresia, como por exemplo o pinho-de-riga e a maçaranduba.