Quais são as patologias e problemas de pintura nas fachadas de prédios?

É de conhecimento geral que a fachada de um edifício é como a capa de um livro, deve ser chamativa, bonita e bem conservada. Sabemos que a pintura é um dos revestimentos mais comuns nas construções, e quando danificada, além de desvalorizar o imóvel, indica que ele apresenta falhas construtivas bem como falta de controle e manutenção dos materiais.

Sendo assim, a equipe do EPEC separou em tópicos os problemas de pintura mais comuns que podem aparecer nas fachadas e necessitam de atenção:

Descoloração

A descoloração é natural e varia de acordo com o tempo e com o nível de exposição ao sol. Mais tecnicamente falando, ela acontece por um processo de calcinação: transformação química que ocorre quando um material é exposto aos raios UV. Esse processo resulta numa aparência mais esbranquiçada da superfície da pintura, às vezes através de um “pozinho esbranquiçado” também.

Entretanto, a descoloração não pode ser confundida com a eflorescência, que é caracterizada pelo surgimento de manchas brancas na superfície do revestimento. Essas manchas são formadas por sais carregados do cimento e da argamassa durante a construção ou infiltrações. Sendo assim, a eflorescência pode não ser apenas um problema estético na sua construção!

Bolhas

Com certeza você já viu bolhas em uma pintura, elas geralmente são provenientes da infiltração de água na superfície. Elas podem surgir por vários fatores, como vazamentos nos encanamentos, umidade excessiva ou até falhas de projeto. Cada caso precisa da análise de um especialista para tratar a raiz do problema, com um relatório patológico e um bom plano de reforma.

Ainda, dá-se especial atenção nos casos em que as bolhas aparecem em vigas ou colunas. Isso se deve pelo fato de que essas estruturas possuem a armadura de aço, elemento imprescindível para manter a construção estável. As bolhas indicam uma infiltração, que pode levar à posterior corrosão de armadura, danificando a estrutura do prédio!

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Descascamento

Além das bolhas e descoloração, é comum que a pintura comece a descascar, mas atenção: comum é diferente de normal! Normal é quando algo acontece independente do tempo e cuidados, e, é claro, a pintura não é eterna, ela precisa de cuidados. O comum é que não sejam tomados esses cuidados, levando a pinturas que descascam rapidamente e gastos exorbitantes de manutenção.

Sendo assim, é preciso se atentar aos principais cuidados na aplicação da tinta:

A aderência da tinta à superfície é um fator fundamental, por isso é importante fazer a limpeza correta no local, removendo as sujeiras e tinta antiga. Além disso, ela sofre os efeitos da umidade excessiva no momento da aplicação.

Ainda, a exposição prolongada a condições climáticas extremas pode afetar a aderência da tinta à superfície e levar ao descascamento. E é claro, o uso de tintas de baixa qualidade pode levar ao descascamento prematuro da pintura.

Então, resumindo: realize a preparação adequada da superfície, escolha tintas de qualidade e resistentes às condições climáticas, e fique atento à umidade na aplicação. E não menos importante, realize manutenções preventivas regulares para identificar e corrigir problemas antes que se tornem mais sérios.